Um jovem casal (Manoel e Maria) é
convidado para uma festa de máscaras. A Maria por causa de uma terrível dor de
cabeça (sabe-se lá se era verdade...), diz para o Manoel ir à festa sozinho e
divertir-se. O Mané diz que não quer ir sozinho, mas a Lia insiste e diz que
vai tomar uma aspirina e dormir, e que não há motivo pra ele perder a festa.
Então, contrariado, o Manu pega a sua mascara e vai sozinho. A Liazinha, após
dormir uma hora, acorda sem dor de cabeça nenhuma e, como ainda é cedo, decide
ir ao baile de máscara. Como o Maneco não sabia qual era a mascara dela, Mary
acha que vai ser uma boa oportunidade pra observar como é que o seu Manezinho
se comporta quando ela não esta por perto. Maria chega à festa e busca pelo
Manoel (ela conhecia a máscara dele, pois foi ela que lhe presenteou) e identifica
logo o Manoel pela máscara inconfundível, na pista de dança, com uma piriguete muito
gostosa, roçando lá, pegando aquilo, beijando ali, apalpando acolá... A Maria,
puta da vida, arranja maneira de se insinuar para que ele largue a piriguete, e
não é que a danada da Maria pelejou tanto que conseguiu. Maria deixa-o ir até
onde ele quer (e não é que ele foi fundo mesmo), mas afinal, ele é seu marido...
E marido PODE ir... FUNDO... Porque tá LIMPO... Finalmente, ele sussurra alguma
coisa em seu ouvido e a Mariazinha concorda... Vão para o carro e fazem amor intrínseco
e profundo, como dois loucos, uma, duas, três, quatro vezes... Sempre sem
tirarem as mascaras pra não se revelarem. Depois do Consumatum
est e oeste acabado, concluído, findo e irremediável separam-se esgotados
e a Maria vai para casa toda alquebrada e fatigada, sem revelar sua identidade,
e volta para a cama imaginando qual será a explicação que o Manuel dará sobre o
seu comportamento na festa. Quando o Manuel chega Maria esta a ler um livro na
cama e mostrando desinteresse pergunta-lhe: “Então, divertiste-te muito, Manuel?”
O Manuel responde-lhe: “A mesma coisa de sempre. Tu sabes que eu nunca me
divirto quando tu não estás comigo”. Maria pergunta-lhe: “Dançaste muito, Manuel?”
Manu responde: “Vou-te contar uma coisa Maria: não dancei porra de nada! Quando
eu ia para a festa encontrei o Joaquim e o resto da malta e decidimos ir para
casa dele jogar cartas. Foi à noite inteira! Mas aconteceu uma coisa estranha, esquisita
e inusitada... O gajo, que pertencia à outra mamparra, a quem emprestei a minha
máscara, confidenciou-me que a máscara foi um sucesso e não vai perder mais
nenhum baile. Disse que teve uma noite fabulosa com uma piranha impetuosa,
ardente, ávida, insaciável e fogosa e só não foi mais noite adentro porque
ficou todo derreado... Ainda falou-me que era uma pena não poder me contar mais
detalhes do que se passou, porque estava descadeirado, extenuado e sem forças
até pra falar... Vim correndo pra casa, morto de tesão e... Vamos logo, vai descendo
as calçolas Maria”... “Ah! Não MANUEL!”. Grita a Maria histérica, totalmente saturada
de corpo e alma. Dissimulada, se vale da usual desculpa feminina. Além do medo de ser desmascarada, pela desagradável
experiência emocional, tenta cativar e induzir o Manu, que está a matar cachorro
a grito, a ficar na mão, sem criar trauma pra cadela plenamente saciada: “Não vai dá pra trebelhar hoje, Manuel, ainda estou a ficar destemperada com aquele
dor de cabeça arregaçada, que me deixou, além de talada e arrasada, com cãibra na garganta e a bochecha inchada”...
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