SÍRIA EM ESTADO SÉRIO...
PRIMAVERA ÁRABE QUENTE NO DESERTO DE AL-ASSAD...
PRIMAVERA ÁRABE QUENTE NO DESERTO DE AL-ASSAD...
Desde 26/01/2011 está ocorrendo, na
Síria, uma GUERRA CIVIL entre defensores do
regime de Bashar al-Assad e manifestantes que
querem a renúncia do presidente. A onda de
protestos e conflitos faz parte da PRIMAVERA ÁRABE. O conflito conta
com armamento pesado do exército e dos manifestantes, milhares de pessoas já morreu
no confronto, segundo os manifestantes o governo sírio reprime
as manifestações de forma violenta. Foi votada no Conselho
de Segurança da ONU uma resolução contra o
governo de Assad, porém a Rússia e a China vetaram a resolução...
Uma comissão
liderada pelo embaixador brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro,
presidente da Comissão de Investigação da ONU para a Síria, revelou que o regime de Assad mandou torturar
e matar milhares
de pessoas, inclusive
crianças... Segundo a investigação conduzida pela comissão,
a Síria cometeu sérios crimes contra a humanidade ao reprimir manifestantes...
A Síria, com
mais de 22,5 milhões de habitantes,
é palco da mais violenta repressão contra opositores ao regime entre os países
da chamada "PRIMAVERA ÁRABE",
que começou no final de 2010 quando um jovem tunisiano ateou fogo ao próprio
corpo como
forma de protesto às condições de vida no país do norte da África.
Desde
então, quatro ditadores de países da região: Ben
Ali, da Tunísia; Hosni Mubarak, do Egito; Muamar Kadafi, da Líbia,
e Ali Abdullah Saleh, do Iêmen foram depostos ou mortos. Assad,
contudo, segue firme no poder, enquanto a população acusa o regime de uma brutal repressão...
IRÃ, principal
aliado do regime do presidente sírio, Bashar AL Assad, enviou dois navios de
guerra para reforçar a marinha síria contra a revolta popular. É a segunda vez
que navios de guerra iranianos entraram no Mediterrâneo desde a Revolução
Islâmica/1979. As embarcações chegaram ao Porto de Tartus por meio do Canal de
Suez, controlado pelos egípcios.
O Egito chamou
de volta seu embaixador na Síria até nova ordem. A decisão foi criticada por
manifestantes sírios contrários ao regime de Assad. Eles que consideram que o
Egito teria agido melhor ao bloquear os navios iranianos do que em fazer
regressar o diplomata...
O regime de Al
Assad reforçou as forças na cidade rebelde de Homs, alvo de bombardeios
incessantes há duas semanas. Damasco, a capital da revolução, foi bombardeada
pelo 16º dia consecutivo, os reforços de tropas oficiais provocam temor de um
assalto final contra os bairros rebeldes, especialmente Baba Amr, um bairro
onde a situação humanitária é crítica. Pelo menos cinco civis foram mortos em
Baba Amr e um na região de Hama.
Representantes
dos revolucionários sírios pedem a retirada das mulheres e das crianças de Baba
Amr. Onde os habitantes vivem no frio extremo e, em condições insustentáveis,
esperando a morte chegar... Em Damasco, os militares continuam em estado de
alerta, com reforço da segurança em frente à Embaixada do Irã, onde há registro
de concentrações de manifestantes...
No bairro de
Mazzé, onde os militares dispararam contra uma multidão estimada em 20 mil
manifestantes, está em curso uma campanha de perseguições... Cerca de 50
estudantes ativistas protestaram para reivindicar a derrubada do regime, apesar
da infiltração de agentes dos serviços de informações síria.
O Comitê
Internacional da Cruz Vermelha procura meios de negociar com o regime sírio e
com os rebeldes para que haja uma trégua com a possibilidade de levar ajuda à
população civil do país. A entidade está pronta para ajudar com abastecimento
de material médico e alimentos e poderia chegar de forma imediata a mais de 10
mil pessoas.
A violência
política começou após a repressão de manifestações que pretendiam ser
pacíficas, onde eram reivindicadas reformas democráticas ao governo do
presidente Bashar AL-Assad, no poder desde 2000... Antes dele, quem governava o
país era seu pai, Hafez AL-Assad, que esteve no poder por três décadas.
Com o falecimento do seu pai, Bashar
al-Assad, herdeiro político, tornou-se General do Estado Maior e Chefe Supremo
das Forças Armadas...
Bashar al-Assad foi reeleito em
um referendum convocado no dia 27/05/07, onde, novamente, concorreu sozinho e
conseguiu 97% de aprovação... No dia 25/06/10, iniciou uma série de viagens
pela América Latina, visitando Cuba, Venezuela, Argentina e aqui no Brasil... A
liga árabe fez uma festança comemorativa no Brasil...
Em 2011, frente a vários protestos no mundo árabe por reformas democráticas, o governo de Bashar prometeu abrir mais a política do país para o povo...
Em 2011, frente a vários protestos no mundo árabe por reformas democráticas, o governo de Bashar prometeu abrir mais a política do país para o povo...
Porém, frente à lentidão dessas
mudanças, ou o não cumprimento da promessa, opositores ao seu regime
começaram uma série de protestos pedindo a derrubada do Presidente, que
respondeu aos manifestantes com o envio de tropas do Exército às áreas de
protesto... A violência da repressão do governo fez com que vários países pelo
mundo, como os EUA, Canadá e a Zona do Euro dotassem sanções contra a Síria...
E o pau continua comendo solto na Síria...
Bashar e Asma parecem dois pombinhos inocentes... Nem de longe se
imagina que Bashar é um infiel anticristo e personagem escatológico do mundo
árabe...
Médico Oftalmologista, General do Estado Maior, Chefe Supremo das Forças
Armadas, Presidente e Ditador Sírio, Bashar al-Assad, caminha, inocentemente,
ao lado de sua linda esposa inglesa, Asma al-Assad...
A trajetória de Bashar começou ao sucedeu seu pai Hafez al-Assad no comando da Síria em 17/07/00. Nascido em Damasco, considerada a cidade mais antiga habitada continuamente no mundo.
A trajetória de Bashar começou ao sucedeu seu pai Hafez al-Assad no comando da Síria em 17/07/00. Nascido em Damasco, considerada a cidade mais antiga habitada continuamente no mundo.
Bashar converteu-se no herdeiro político de seu pai, que faleceu
em 10/06/00. Desde então é o dono da Síria, onde manda prender, soltar e
matar... Parece paródia de filme de terror: O Médico é um Monstro...
Bashar é casado com a inglesa Asma al-Assad, que se diz nada preocupada
com as milhares de mortes provocadas pela repressão aos protestos no país e
chega a fazer piada com as crescentes críticas ao marido. Nascida e criada na
Inglaterra chegou a ser chamada de "Princesa Diana da Síria" por seu
carisma e envolvimento em projetos sociais...
A britânica Asma Akhras al-Assad Asma, que dá apoio incondicional ao
marido, frustrou expectativas no país com esta sua atitude. Desde que o governo
sírio iniciou a violenta repressão contra os manifestantes, que há um ano
protestam contra o regime de seu marido, a primeira-dama do país, tem se
mantido fora dos holofotes. Foi vista, durante este tempo, em apenas duas
ocasiões, mas dando apoio irrestrito ao marido... Isto que é ser uma esposa
fiel apesar de um marido infiel...
Nascido em Damasco, Bashar al-Assad veio de uma família muito envolvida com política, sendo seu pai o
Presidente da Síria. Ele estudou oftalmologia em sua cidade natal e depois foi para Londres concluir os estudos. Inicialmente tinha poucas
aspirações políticas e seu pai educara seu irmão mais velho, Basil al-Assad, para ser o futuro presidente. Porém a morte de Basil
em um acidente de automóvel mudou a situação e Bashar converteu-se no herdeiro
político de seu pai, que viria a falecer em 10 de junho de 2000. Bashar
al-Assad tornou-se então General do Estado Maior e Chefe Supremo das Forças
Armadas Sírias. Nomeado candidato único pelo Partido Árabe
Socialista Baaz (único partido do regime) para a Presidência da República, foi eleito
mediante referendo em 10 de julho de 2000, tomando posse em 17 de julho.
O começo de seu mandado foi marcado por uma
esperança de mudanças democráticas, que foi frustrada com a continuidade da
política de seu antecessor. Ante à ameaça da idéia de guerra preventiva levada
a cabo pela administração norte-americana, a instabilidade do Líbano, na qual a
Síria mantinha uma forte presença militar e as constantes tensões com seu
vizinho Israel, Bashar al-Assad procurou manter um discurso reformista que
poderia satisfazer os anseios da União Européia e dos Estados Unidos, mas que
na prática não produziu nenhuma concessão ao movimento de oposição do país. A
forte pressão internacional sobre Bashar al-Assad após a morte do
ex-primeiro-ministro libanês Rafik
Hariri, cuja autoria foi atribuída aos serviços de
inteligência sírios, fez com que as tropas mantidas no Líbano fossem retiradas...
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