quinta-feira, 19 de abril de 2012


Sexo oral causa mais câncer de garganta que cigarro e bebida, diz pesquisa...




O tabaco, substância presente no cigarro, e o consumo de bebidas alcoólicas sempre foram apontados como um dos principais fatores para desenvolvimento de câncer na região da garganta...

Agora os cientistas afirmam que o sexo oral ocupa o topo da lista entre os comportamentos de risco...

Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos...

O papiloma vírus humano pode provocar lesões de pele ou em mucosas...
Existem mais de 200 variações com menores e maiores graus de perigo...

Um deles é o causador de verrugas no colo do útero, consideradas lesões pré-cancerosas...
Homens com mais de 50 anos costumavam ser as principais vítimas do câncer de garganta...
Principalmente aqueles com histórico de fumo e consumo de bebida alcoólica...
Mas o problema tem crescido em faixas etárias mais baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos Estados Unidos em homens com menos de 50 anos devido ao vírus...
Outros países como Inglaterra e Suécia também identificaram aumento da doença devido ao HPV...

Na Suécia, apenas 25% dos casos tinham relação com o vírus na década de 1970 e, agora, o índice chega a 90%, de acordo com uma das pesquisadoras, a professora Maura Gillison...
Segundo ela, alguém infectado com o tipo de vírus associado ao câncer de garganta tem 14 vezes mais chances de desenvolver a doença. "O fator de risco aumenta de acordo com o número de parceiros sexuais e especialmente com aqueles com quem se praticou sexo oral", afirmou a pesquisadora.

Os resultados do levantamento vão ao encontro de outros já feitos sobre o mesmo tema, como o realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos...
Realizado no ano passado, o estudo apontou que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta...
Nos que já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia para 32 vezes.
Os médicos que realizaram o levantamento sugeriram que homens também sejam vacinados contra o vírus, como é recomendado para as mulheres...

Em países como Inglaterra, meninas de 12 e 13 anos recebem a vacina contra HPV e, segundo dados previnem até 90% dos casos de infecções...
No Brasil, há dois tipos de vacinas disponíveis, contra os tipos mais comuns de câncer do colo do útero, mas o governo alerta que não há evidência suficiente da eficácia da vacina, o que só poderá ser observado depois de décadas de acompanhamento...
O governo também recomenda a prática de sexo seguro como a melhor maneira de se prevenir.


O vírus do papiloma humano (VPH)  do inglês human papiloma virus (HPV), um vírus que infecta os queratinócitos da pele ou mucosas, e possui mais de 200 variações diferentes. A maioria dos subtipos está associada a lesões benignas, tais como verrugas, mas certos tipos são freqüentemente encontrados em determinadas neoplasias como o cancro do colo do útero, do qual se estima que sejam responsáveis por mais de 90% de todos os casos verificados.
A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, sendo a doença sexualmente transmissível (DST) mais freqüente. Estima-se que 25 a 50% da população feminina mundial estejam infectadas, e que 75% das mulheres contraiam a infecção durante algum período das suas vidas. A maioria das situações não apresenta sintomas clínicos, mas algumas desenvolverão alterações que podem evoluir para cancro.
O exame de rastreio para diagnóstico destas alterações é a citologia cervical ou Papanicolau. A infecção também pode ocorrer no homem e, embora as manifestações clínicas sejam menos freqüentes do que na mulher, estima-se que 50% da população masculina estejam infectadas pelo virus.


O tratamento é demorado e depende das técnicas aplicadas. Apesar de em vários casos haver recaída, é comum em outros casos, principalmente se diagnosticado a tempo, a cura e a eliminação do vírus do organismo. 


As estratégias de prevenção são similares às das restantes DSTs, passando sobretudo por evitar comportamentos de risco. Existe no mercado mais de um tipo de vacina contra o HPV, que previnem a infecção por alguns dos subtipos mais freqüentes de HPV, encontrando-se em discussão a sua inclusão nos planos nacionais de vacinação de diversos países.


As opções de tratamento dependem do tipo e extensão das lesões causadas pelo HPV, podendo ser empregue um tratamento destrutivo ou excisional (destruição e/ou remoção das lesões), ou um tratamento à base de medicamentos imunomoduladores como interferão e imiquimod.











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